Elizabeth Arden em São Paulo

A exposiçaõ do centenário de Elizabeth Arden no espaço perfume e arte é um sucesso. Não deixe de conferir a trajetória deste ícone do mundo dos cosméticos, a exposição fica até 27 de fevereiro.

Elizabert Arden nos primeiros anos do século XX

Elizabeth Arden, uma mulher empreendedora sempre soube conduzir a sua empresa e transformar situações em negócios. Na primeira década do século XX na famosa passeata de mulheres pelo direito ao voto Elizabeth Arden estava entre elas, todas usavam batons da marca Elizabeth Arden. Durante o crash da bolsa americana no final dos anos 20 ela não se deixou abater, dizia que era um excelente momento para vender cosméticos. Durante a segunda guerra mundial Elizaberth Arden lançou um baton, Motezuma Red, criado especialmente para ser usado pelas mulheres da forças armadas com seus uniformes, segundo ela para dar um toque feminino à roupa militar. Foi ela também que na mesma época criou uma base para as pernas substituindo as meias de nylon (um material escasso nos anos de guerra). Com sua famosa frase " Ser bela e natural é um direito de toda a mulher" Elizabeth Arden se transformou num mito no mundo dos cosméticos.

O centenário de Elizabeth Arden

Encerrando as comemorações do centenário de Elizabeth Arden no Brasil, o museu do perfume de São Paulo inaugura a exposição "celebrando 100 anos debeleza" que conta a tragetória desta mulher que no início do século XX definiu a industria cosmética nos Estados Unidos. Através de do painel "linha do tempo" poderemos conhecer fatos que marcaram a sua vida. Serão expostas também as fragrâncias mais importantes lançadas pela marca. Uma oportunidade imperdível para quem é apaixonado pela indústria da beleza. A exposição será inaugurada no dia 10 de novembro (somente para convidados) e aberta ao público apartir do dia 11 de novembro até o dia 27 de fevereiro de 2011. A entrada é gratuita. Você não pode perder!!!!

Caterina de Medici e os perfumes

Séculos antes da França ostentar o título de "o berço da perfumaria" a Itália mantinha a posição de destaque da perfumaria na Europa (vale lembrar que nesta época os perfumes eram restritos somente entre os membros da nobreza). Em 1533 Caterina, que pertencia a rica e poderosa família Medici de Florença, casou-se com o rei da França Henrique III. Na comitiva que acompanhou a nobre consorte para a França entre artistas, astrólogos e perfumistas, estava o seu favorito, Renato il Fiorentino, o mestre das essências e dos venenos que em pouco tempo se tornou conhecido como " René le Florentin" ( conta-se também que a refinada Caterina teria introduzido na corte francesa o garfo e modos mais refinados à mesa !) Todo o conhecimento e patrimônio na arte da elaboração da perfumaria italiana foi então definitivamente transferido para a França. Outro fator que colaborou para a França se tornar o centro da perfumaria européia foi o clima propício para o cultivo de flores da cidade de Grasse, que até hoje abriga plantações de flores e fábricas de perfumes.

Christian Dior e seu Diorissimo

Foi Jean Cocteau, amigo de Christian Dior, que certa vez disse que o nome do estilista era nada mais nada menos que uma associação entre as palavras " Dieu" e "Or" (Deus e Ouro). Diorissimo, criado por Edmond Roudnistska em 1956, foi definido em sua época, como uma deliciosa fragrância de Lírios do Vale, tal qual um vestido leve e vaporoso que passa por entre um jardim na primavera. Uma fragrância com notas frescas e florais com um encanto absoluto e imediato. Entre os vários frascos criados para esta fragrância temos este exemplar em cristal Baccarat de edição limitada, que faz parte da minha coleção. Diorissimo e seu superlativo "issimo" resume tudo o que se pode dizer deste grande clássico da perfumaria.